Tratores Agrícolas 01 (Intr.)

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Tratores Agrcolas

Tratores Agrcolas

Universidade do Estado de Mato GrossoCampus Universitrio de Alta Floresta

Prof. : Soraia Olivastro TeixeiraAlta Floresta-MT2013/1IntroduoA evoluo das mquinas agrcolas se deve a dois fatores essenciais:

A necessidade do aumento da capacidade de trabalho do homem no campo, face crescente escassez de mo-de-obra rural.

A migrao das populaes rurais para as zonas urbanas, devido o processo de desenvolvimento econmico.2Histria1858: trator vapor para arar a terra;

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Histria1889: trator com combusto interna (Henry Ford);

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Histria1911: ocorreu a primeira mostra de tratores de Nebraska;

1940: surgiram tratores equipados com tomada de potncia, barra de trao e sistema de 3 pontos.

5HistriaAtualmente: tratores com potncias elevadas e tecnologia avanadas, como: Case e New Holland, Massey Fergusson, Agrale, Valtra, John Deere e outros.6

ConceitoOperao agrcola: toda atividade direta e permanentemente relacionada com a execuo do trabalho de produo agropecuria.

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ConceitoMquinas agrcolas: mquina autopropelida projetada especificamente para realizar integralmente ou auxiliar na execuo da operao agrcola.

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ConceitoImplemento agrcola: implemento ou sistema mecnico, com movimento prprio ou induzido.9

Grade Aradora

ConceitoFerramenta agrcola: implemento, em sua forma mais simples, o qual entra em contato direto com o material trabalhado. acionado por um fonte de potncia qualquer, porm, geralmente so manuais.10

ConceitoMquina combinada ou conjugada: uma mquina que possui, em sua estrutura bsica, rgos ativos que permitem realizar, simultaneamente ou no, vrias operaes agrcolas.

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ConceitoAcessrios: rgos mecnicos ou ativos que, acoplados mquina agrcola ou implemento, permite tanto aprimoramento do desempenho como execuo de operaes diferentes para o qual foi projetado.12Tratores Agrcolas uma mquina autopropelida que, alm de conferir apoio estvel sobre uma superfcie, tem a capacidade de tracionar, transportar e fornecer potncia mecnica para movimentar os rgos ativos de implementos e mquinas agrcolas.

13Importncia dos tratores na agriculturaSubstitui os animais domsticos como fonte de potncia;So mais adequados para fornecer potncia em movimento de rotao;So mais adequados para trabalhos pesados do que os animais;Aumenta a produtividade por rea trabalhada no campo,Modifica as caractersticas do trabalho no campo, tornando-o menos rduo e mais atrativo.14Funo do tratorTracionar mquinas e implementos de arrasto tais como arados, grades, adubadoras e carretas, utilizando a barra de trao.

Acionar mquinas estacionrios, tais como batedoras de cereais e bombas de recalque d gua, atravs de polia e correia ou atravs de tomada de potncia (TDP).

15Funo do tratorTracionar mquinas simultaneamente com acionamento de seus mecanismos, tais como colhedoras, pulverizadores, atravs da barra de trao ou do engate de trs pontos e da tomada de potncia.

Tracionar e carregar mquinas e implementos montados atravs do engate de trs pontos com levantamento hidrulico.

16Partes Constituintes17

Partes ConstituintesTrator: unidade mvel de potncia, formada basicamente por um motor, um sistema de transmisso, um de direo e um de locomoo.

Motor: converte a energia trmica do combustvel em energia mecnica, na forma de potncia.

Basicamente os motores so classificados quanto: tipo de combustvel, nmero de cilindros, sistema de injeo, potncia, torque, rotao mxima do motor e relao de compresso.18MotorOs motores basicamente so de combusto interna, externa e hbrido (configurao mais utilizada um motor a combusto e outro eltrico).

No setor de mquinas agrcolas h predominncia de motores de combusto interna.19Motores de Combusto Externa referido tambm como motor de ar quente, por utilizar os gases atmosfricos como fluido de trabalho.

Funcionam com um ciclo termodinmico composto de 4 fases e executado em 2 tempos do pisto.

Fases: compresso isotrmica (temperatura constante), aquecimento isomtrico (volume constante), expanso isotrmica e resfriamento isomtrico.

20Motores de Combusto ExternaO motor Stirling um exemplo clssico de motor de combusto externa, surpreende por sua simplicidade.

Pois consiste de duas cmaras em diferentes temperaturas que aquecem e resfriam um gs de forma alternada.

21Motores de Combusto ExternaProvocando expanso e contrao cclicas, o que faz movimentar dois mbolos ligados a um eixo comum.

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Motores de Combusto ExternaAo contrrio dos motores de combusto interna, o fluido de trabalho nunca deixa o interior do motor.

Trata-se portanto, de uma mquina de ciclo fechado.

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Motores de Combusto ExternaVantagens:

Pouco poluente;Silencioso e apresenta baixa vibrao.

Desvantagens:

Dificuldade de iniciar e variar sua velocidade de rotao rapidamente.Problemas ao sistema de vedao, que impede o vazamento do fluido de trabalho.24Motores de Combusto InternaPara seu funcionamento, o motor necessita de uma fonte de energia, combustvel, os quais podem ser lquidos ou gasosos.

Os combustveis mais popularmente utilizados so: gasolina, o lcool e o leo diesel.

25Motores de Combusto InternaBiodiesel: pode substituir o leo diesel em motores ciclo diesel de tratores agrcolas.

Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas propores.

A mistura de 2% de biodiesel ao diesel de petrleo chamada de B2 e assim sucessivamente, at o biodiesel puro, denominado B100.

So produzidos a partir de leos vegetais, tais como os extrados de mamona, girassol, amendoim, soja, etc.

26Motores de Combusto InternaGLP gs liquefeito de petrleo: a marca Agrale, modelo 4.100 GLP, lanado em 2006, utiliza essa fonte de combustvel.

Esse trator foi desenvolvido para ser utilizado nos setores industrial e agrcola.27

Motores de Combusto InternaNos motores de combusto interna, o combustvel comprimido por um pisto dentro de um cilindro, juntamente com ar aspirado do ambiente.

A mistura formada entre o combustvel e o ar queimada, produzindo presso elevadas, e ento se expande.

A expanso da mistura queimada gera o movimento do pisto, que transmitido para as rodas do veculo.

28Componentes do Motor de Combusto InternaOs componentes do motor de combusto interna podem ser separados em:

29Fixos:Mveis:CilindroBlocoCrterCabeoteColetor de admissoColetor de escapamento

PistoBielaCasquilhosVirabrequimVolanteVlvulasEixo de RessaltosComponentes do Motor de Combusto InternaBloco: o maior e principal componente do motor.

A funo de sustentar as outras partes do motor. Nele, esto situados os mancais de apoio do virabrequim e os cilindros.

fechado na extremidade superior pelo cabeote e na extremidade inferior pelo crter.30

Componentes do Motor de Combusto InternaCilindro: so largos furos arredondados feito atravs do bloco.

o local onde o pisto se desloca com movimento retilneo alternado.

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Componentes do Motor de Combusto InternaCabeote: a parte superior do bloco.

Geralmente contm as vlvulas, bicos injetores, cmaras de combusto e fecha a parte superior do cilindro.32

Componentes do Motor de Combusto InternaCrter: a parte inferior do bloco.

O crter abriga o eixo de manivelas, serve como depsito de leo lubrificante, alm de fechar o motor pela parte de baixo.

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Componentes do Motor de Combusto InternaVlvulas: sua funo interromper o fluxo dos gases de aspirao e descarga nos devidos tempos, de acordo com ao do eixo do comando de vlvulas.

Vlvulas de admisso: responsveis pela entrada de gases ou ar para o cilindro no tempo de admisso.

Vlvulas de descarga: responsveis pela sada dos gases que saem do cilindro, no tempo de escape.34Componentes do Motor de Combusto InternaEixo de comando de vlvulas ou eixo de ressaltos: sua funo comandar, por ressaltos, a abertura das vlvulas.

O virabrequim, transmite por engrenagens e/ou correias, o movimento para o comando de vlvulas que, pelo ressalto, aciona a vlvula que se abre ou fecha pela ao de mola quando o ressalto no est acionado.35

Componentes do Motor de Combusto InternaColetor de admisso: uma parte fixada ao cabeote ou ao bloco do motor, que tem a finalidade de distribuir uniformemente aos cilindros, atravs de vlvula ou janela de admisso, o ar ou a mistura provenientes do filtro do ar.

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Componentes do Motor de Combusto InternaColetor de escapamento: o sistema conduz os gases quentes, resultantes da combusto, desde o motor e atravs do coletor, tubo de escapamento e silencioso, para o tubo de sada, que os lana para a atmosfera.37

Componentes do Motor de Combusto InternaO trem de vlvulas consiste das partes que compem o mecanismo de operao das vlvulas de admisso e exausto.

O trem de vlvulas inclui o eixo de comando das vlvulas, alas, hastes, braos (balancim), molas e vlvulas.38

Componentes do Motor de Combusto InternaO eixo de comando das vlvulas tem a funo de comandar a abertura e o fechamento das vlvulas nos momentos adequados.

A medida que o eixo gira, os cames (eixo com partes ovais) deslocam as alas, em um movimento vertical, sendo esse movimento transmitido atravs das hastes e braos para as vlvulas.

39Componentes do Motor de Combusto InternaQuando a parte mais protuberante do came, chamada de lbulo, faz contato com a ala, este se encontra em sua posio superior, e a vlvula atinge sua abertura mxima.40

Componentes do Motor de Combusto InternaAs molas fazem com que as vlvulas retornem sua posio de fechamento.

A posio fechada da vlvula corresponde ala em seu nvel inferior, em contato com o prolongamento circular do cames.41

Componentes do Motor de Combusto InternaPisto: sua funo receber o impulso pela combusto e transmiti-lo biela.

Os anis do pisto, tambm denominados anis de segmento, so fixados em ranhuras feitas nas laterais dos pistes, na parte superior.

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Componentes do Motor de Combusto InternaOs pistes geralmente apresentam trs segmentos de anis.

Os dois superiores tm a funo de evitar perdas da potncia gerada na combusto e impedir a passagem da mistura ar-combustvel para o crter atravs do espaamento entre o pisto e o cilindro.

O terceiro anel tem a tarefa de selar a passagem de leo do crter para a cmara de combusto.

43Componentes do Motor de Combusto Interna44

Componentes do Motor de Combusto InternaBiela: uma haste que transmite o movimento alternativo do pisto para o virabrequim.Composto pela cabea ou olho grande (parte que prende-se ao virabrequim), perna (parte intermediria da biela) e p ou olho pequeno (parte que prende-se ao pino do pisto).

Casquilhos: so superfcies metlicas que interpe-se entre o virabequim e cabea da biela e, entre o virabrequim e o mancal fixo do bloco.

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Componentes do Motor de Combusto InternaVirabrequim: tambm chamadas de manivelas, transformam o movimento vertical do pisto em movimento rotativo.

O eixo de manivelas gira no interior do crter.46

Componentes do Motor de Combusto Interna47

Componentes do Motor de Combusto InternaVolante: uma massa de ferro fundido, pesada, que prende-se flange do virabrequim por meio de parafusos e serve para acumular energia cintica, proporcionando velocidade angular uniforma, reduzindo as variaes dos tempos do motor, dando equilbrio no momento rotativo.48Classificao dos motores de combusto internaOs motores de combusto interna so classificados de acordo com o modo de queima do combustvel em:

Motores com ignio por centelha (motores otto)

Motores com ignio por compresso (motores diesel)49Motor do Ciclo OttoMotores movidos a gasolina ou a lcool so exemplos de motores com ignio por centelha.

Neste caso, a queima de combustvel iniciada com uma centelha fornecida pela vela de ignio, que um componente instalado na superfcie superior do cilindro, na parte chamada de cabeote do cilindro.

um motor de 4 tempos em que o ciclo operativo se realiza em quatro deslocamento completos do pisto.50Motor do Ciclo Otto51

Motor do Ciclo DieselMotores diesel normalmente utilizam o leo diesel como combustvel.

Nestes motores a ignio iniciada pela injeo de combustvel no cilindro atravs de bicos injetores.

A combusto em motores diesel se d de maneira espontnea, estimulada por elevadas presso e temperatura da mistura ar/combustvel no cilindro.52MotorOs motores tambm podem ser classificados como de quatro tempos ou dois tempos.

Durante seu funcionamento, um motor continuamente admite uma quantidade de ar e combustvel, comprime e queima a mistura e a deixa expandir antes de expuls-la do cilindro.

53MotorQuando este ciclo feito ao tempo em que o pisto executa quatro movimentos, dois para cima e dois para baixo, o motor chamado de quatro tempos.

Quando o pisto realiza somente dois movimentos durante o ciclo, um para cima e um para baixo, o motor chamado de dois tempos.54Motor de 4 tempos1 tempo Admisso: o motor atrai uma quantidade de ar para o interior do cilindro.

Nesse processo, a vlvula de admisso permanece aberta, e a vlvula de exausto fechada.

Portanto, o pisto desloca do P.M.S (ponto morto superior) ao P.M.I. (ponto morto inferior).55Motor de 4 tempos56

Motor de 4 tempos2 tempo Compresso: o incio da compresso marcado pelo fechamento da vlvula de admisso. Portanto, ambas as vlvulas, de admisso e de exausto, permanecem fechadas.

O ar comprimido pelo movimento do pisto para cima, diminuindo o volume do cilindro.

A presso da mistura aumenta, preparando-se para ser queimada. Ao final da compresso, com o pisto prximo posio superior mxima (P.M.S), d-se inicio ao processo de queima da mistura.57Motor de 4 tempos58

Motor de 4 tempos3 tempo Combusto: antes do pisto atingir o P.M.S., o ar comprimido atinge uma presso de 65 a 130 Kgf/cm3, e uma temperatura de 600 a 800C.

Por meio de um injetor, o combustvel fortemente comprimido e pulverizado para o interior da cmara.

Este combustvel ao encontrar o ar, que se encontra naquela presso e temperatura citadas, incendeia-se espontaneamente, empurrando energicamente o pisto ao P.M.I.59Motor de 4 tempos60

Motor de 4 tempos4 tempo Exausto: nesse momento, em que as vlvulas permanecem fechadas, o pisto move-se para sua posio inferior.

O volume do cilindro aumenta, e a mistura em seu interior se expande. durante a expanso que a potncia do motor gerada, de acordo com a fora exercida sobre o pisto pela energia liberada da combusto.

Pouco antes do pisto atingir o P.M.I., a vlvula de exausto aberta, dando incio exausto.

A mistura expelida do cilindro medida em que o pisto move-se para cima.61Motor de 4 tempos62

Motor de 2 temposO ciclo de um motor de dois tempos se d com a combusto da mistura ar/combustvel, que acima do pisto produz um rpido aumento na presso e temperatura, empurrando o pisto para baixo, produzindo potncia.

Abaixo do pisto, a janela de admisso induz ar da atmosfera para o crter, devido ao aumento de volume do crter reduzir a presso a um valor inferior atmosfrico.63Motor de 2 temposA janela de exausto, ento, se abre, permitindo a sada do gs de exausto. A rea da janela aumenta com o giro do eixo de manivelas, e a presso no cilindro se reduz.

O processo de exausto est quase se completando e, com ambas as janelas desobstrudas pelo pisto, o cilindro se conecta diretamente ao crter do duto de admisso.

Se a presso no crter for superior presso no cilindro, ento uma mistura fresca entra no cilindro e se inicia os processos de admisso e lavagem.64Motor de 2 temposO pisto ento se aproxima do ponto de fechamento da janela de exausto e o processo de lavagem se completa.

Aps a janela de exausto estar totalmente fechada, o processo de compresso se inicia at que o processo de combusto novamente ocorra.65Motor de 2 tempos66

Motor de 2 tempos67

MotorAlm disso, o motor constitudo pelos sistemas de alimentao, refrigerao, lubrificao e eltrico.

Sistema de alimentao: o responsvel pelo funcionamento do motor. Compreende os condutos de ar (sistema de purificao) e o circuito de combustvel (tanque, copo de sedimentao, filtro primrio e secundrio, bomba injetora e injetores).

68MotorSistema de refrigerao: garante uma temperatura adequada para um bom desempenho do motor. composto de radiador, tampa de presso, ventilador, bomba d gua, termostato e indicador de temperatura.

Sistema de lubrificao: formado pelo crter e bomba de leo, com os respectivos filtros.

Sistema eltrico: tem a funo de fornecer energia eltrica de corrente contnua para faris, lmpadas do painel, motor de arranque, etc. Inclui a bateria, alternador e o motor de arranque.69Cilindros de MotoresOs motores de combusto interna tm, normalmente, quatro, seis ou oito cilindros.

Motores de um, trs, cinco, dez e doze cilindros tambm encontram aplicao, porm em menor escala.

Os cilindros de um motor podem ser arranjados em linha, opostos ou em configurao V.70Cilindros de Motores71

Sistema de TransmissoO sistema de transmisso composto por embreagem, caixa de marchas, diferencial e reduo final.

Funo:

Transmitir a potncia gerada no motor s rodas motrizes, TDP, bomba hidrulica e outros mecanismos;

Transformar o torque e velocidade do motor em torque e velocidade necessrios para a realizao de determinado trabalho.72Sistema de TransmissoExistem diferentes tipo de sistema como:

Transmisso mecnica: onde h contato direto entre os mecanismos de transmisso, sendo que o movimento chega at as rodas motrizes de forma escalonada.

Sistema hidrosttico: onde o torque transmitido por um fludo hidrulico.

Sistema hidromecnico ou Power Shift: uma associao entre a transmisso mecnica e hidrosttica, que permite a troca de marchas sem interromper a transmisso de potncia do motor.73Sistema de Transmisso - EmbreagemEmbreagem: o rgo receptor e transmissor de potncia do motor a caixa de marcha sob o comando do pedal ou alavanca acionvel pelo tratorista.

Permite a mudana de marcha do veculo sem que haja necessidade de desligar o motor.

Faz parte a caixa de mudana ou caixa de cmbio, que possibilita definir a velocidade desejada, de acordo com o tipo de trabalho a ser executado.74Sistema de Transmisso - EmbreagemOs tipos de embreagem podem ser:

Monodisco a seco: usada em tratores de menor potncia e o acionamento mecnico.

Multidisco a banho de leo: usado em tratores de maior potncia, sendo que quando os discos esto banhados em leo h uma maior dissipao do calor e permite a transmisso de torques mais elevados.75Sistema de Transmisso Caixa de MarchasCaixa de marchas o rgo transformador e transmissor de movimentos para o sistema de rodados do trator.

Responsvel pela transformao do torque e velocidade angular do motor, no torque e velocidade requeridos pelos rodados, para cada condio de trabalho.

Nos tratores agrcolas a velocidade de descolamento controlada, principalmente pela caixa de mudana de marchas e, secundariamente, pelo acelerador do motor. 76Sistema de Transmisso Caixa de MarchasEssa caixa serve para determinar a velocidade de deslocamento do trator e aumentar a fora desenvolvida pelo motor.

Portanto, no aumenta a potncia do motor, mas altera o torque e a velocidade, isto , o que se ganha em velocidade, perde-se em fora, e o que se ganha em fora, perde-se em velocidade.

Ento, a velocidade do trator tem influncia na qualidade da operao. 77Sistema de Transmisso Caixa de Marchas composta de trs rvores (eixos) primria, tambm chamada de eixo piloto, secundria e terciria, engrenagens, pinho de r, trambuladores (garfos) e alavancas.

Seu funcionamento baseia-se no recebimento, pela rvore primria, da rotao do motor por meio da embreagem, est transmite a rotao para a rvore secundria.

As engrenagens da rvore secundria combinam-se com as da terciria, transmitindo assim a rotao a esta.78Sistema de Transmisso Caixa de MarchasSo encontrados muitos tipos diferentes de sistemas de cmbio no mercado:

Sistema Caixa Seca

Sistema de Caixa Sincronizada

Sistema de Caixa de Cmbio PowerShift79Sistema de Transmisso Caixa de MarchasSistema de Cmbio Caixa Seca: este sistema o mais simples conjunto utilizado para transmitir o movimento do motor para as rodas do trator.

Para fazer a troca de marcha em um trator equipado com caixa seca, deve-se parar o equipamento, pisar na embreagem e efetuar a troca da marcha.

80Sistema de Transmisso Caixa de MarchasA grande desvantagem deste sistema o pobre escalonamento de marchas.

Por exemplo, uma determinada operao demanda uma velocidade de operao entre 6 e 7 km/h e a relao de marchas mais prximas que este tipo de transmisso oferece 5 e 9 km/h.81Sistema de Transmisso Caixa de MarchasO mecanismo sincronizador equaliza a rotao da engrenagem que vai ser acoplada, com a rotao da rvore terciria.

O sistema de caixa sincronizada, permite fazer as marchas e as trocas de grupos com o trator em movimento.

A troca de marcha se processa suavemente, sem risco de danificar os mecanismos.8283

Acionamentos de uma caixa de 4 marchas com reversoSistema de Transmisso Caixa de MarchasCaixa Progressiva ou PowerShift: um sistema onde tanto as trocas entre grupos, como as de marchas so realizadas sem o uso da embreagem, em cada marcha h um pacote de discos acionados e lubrificados hidraulicamente.84Sistema de Transmisso Caixa de Marchas85081624324012345678910111213141516R1R2R3R4Km/h512Sistema de TransmissoA transmisso final tem funo:Transferir o movimento da caixa de cmbio para as rodas;Mudar a direo do movimento (90);

Partes componentes:Coroa e pinhoDiferencialReduo final

86Sistema de TransmissoCoroa, pinho: so responsveis pela transmisso do movimento da caixa de mudana de marchas a cada uma das rodas motrizes, envolvendo uma reduo proporcional de velocidade e uma mudana na direo do movimento de um ngulo de 90.

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Sistema de TransmissoO movimento de rotao da rvore terciria da caixa de cmbio recebido pelo pinho, que uma engrenagem de pequeno tamanho.

Acoplado ao pinho existe coroa, uma engrenagem maior.

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Sistema de TransmissoDiferencial: o mecanismo que permite ao trator percorrer uma curva sem derrapar em uma das rodas. Fazendo com que elas girem em velocidades diferentes, evitando o arrastamento de uma delas e a consequente ruptura dos eixos.

A principal funo do diferencial a compensao em curvas, ou seja, quando no eixo dos rodados uma roda tem rotao diferente da outra.

Quando o trator est em linha reta no existe atuao das satlites.

89Sistema de Transmisso composto de duas engrenagens, as planrias e as satlites, esse sistema est acoplado a coroa.

As planrias giram apenas sobre seu eixo e esto ligadas as semi-rvores, que transmitem o movimento as rodas.

As satlites, alm de girarem sobre seu eixo, tambm giram ao redor das planetrias.

9091

Sistema de TransmissoBloqueio: impede que as planetrias (ficam unidas) girem com velocidades diferentes e que as engrenagens satlites tenham movimento de rotao.

Quando o trator est com uma das rodas em terra solta e a outra em solo firme, neste caso a maior parte da rotao transmitida a roda que necessita menor torque, podendo at fazer com que o trator no se desloque.92Sistema de TransmissoSendo assim, para que o trator continue deslocando-se necessrio fazer que o mecanismo diferencial no atue, acionando-se ento o bloqueio do diferencial, que faz com que as rodas motrizes girem a mesma velocidade.

Portanto, o bloqueio do diferencial deve ser acionado quando ocorre patinagem.93Sistema de TransmissoReduo: responsvel pela transmisso do movimento do diferencial s rodas motrizes, com reduo da velocidade angular e aumento de torque.

Portanto, protege o diferencial contra choques, impactos e quebra de dentes.

94Sistema de TransmissoTipos de reduo:

Par de engrenagens cilndricas (Valtra e CBT):Engrenagem menor ligada a semi-rvore motora = pinho;Engrenagem maior ligada a semi-rvore movida (cubo de roda) = coroa.

95

Sistema de TransmissoTipos de reduo:

Sistema planetrio (Massey, Ford, John Deere):Movimento transmitido por vrios pares de dentes;Apresenta menor desgaste.96

Sistema de Transmisso97Com o pedal de embreagem acionado, engrenar uma das 4 marchasEngrenar uma das 3 gamas

Engrenar a alavanca do reversor.

FrenteAtrsSistema de TransmissoExemplo:

Gamas1 gama Baixa2 gama Mdia3 gama Alta

Marchas1, 2, 3 e 498BombasBomba: os tratores da John Deere, Case IH entre outros contam com uma bomba para o sistema de direo e para o sistema hidrulico.

Isso facilita e assegura uma alta vazo para acionar o levante hidrulico e controle remoto, proporcionando grande produtividade e eficincia.

99

Acelerador100

Acelerador manualAcelerador de p

Partes ConstituintesRodado: so os rgos operadores responsveis pela sustentao e direcionamento do trator, bem como sua propulso, desenvolvida atravs da transformao da potncia do motor em potncia na barra de trao.

Conjunto de pneus ou esteira sobre o qual o veculos montado.

Acoplam-se a ele o freio, acionado para parar a mquina, e o sistema de direo (mecnico ou hidrulico) que permite conduzir o veculo no rumo desejado.

101Freio102Pressionar o boto laranjado e puxar a alavanca para cima, para soltar, pressionar o boto e empurrar a alavanca para baixo.Existe uma trava que poder conectar os 2 pedais e acion-los simultaneamente.Soltando a trava, se aciona individualmente, o que ajuda nas manobras em campo.

Partes ConstituintesDispositivos fornecedores de potncia: permitem a utilizao da potncia do trator por outras mquinas. Os fornecedores de potncia so: barra de trao, tomada de potncia e sistema hidrulico.103rgos de AcoplamentoOs rgos de acoplamento tem a funo de transferir foras entre o trator e o implemento, bem como comandar o movimento e a posio do implemento em relao ao trator.

104rgos de AcoplamentoOs rgos de acoplamento e transferncia de energia so: Barra de trao, Tomada de fora, Sistema de engate de 3 pontos e,Sistema hidrulico auxiliar.

105

rgos de AcoplamentoBarra de trao: o tipo de acoplamento por um ponto, sendo que deve ser oscilante e removvel para facilitar o acoplamento e regulagens.

Est localizada na parte traseira do trator, pode ser deslocada tanto lateralmente, para permitir que o implemento acompanhe o trator em curvas, quanto longitudinalmente, para permitir o acoplamento da TDP em alguns implementos.

106

rgos de AcoplamentoAs mquinas e implementos que so acopladas a barra de trao do trator so denominadas mquinas de arrasto.

Pode-se fazer na barra de trao duas regulagens importantes:

107

rgos de AcoplamentoUma delas seria pela alterao da altura do ponto de engate em relao ao solo, que se d por meio da inverso (giro de 180) da mesma no suporte, onde se coloca a boca de jacar da barra de trao mais prxima ou mais afastada do solo.

108

rgos de AcoplamentoTomada de potncia ou fora (TDP): um rgo transformador e transmissor de movimento.

109

rgos de AcoplamentoResponsvel pela transmisso do movimento para um eixo estriado localizado na parte traseira do trator acima da barra de trao.

Proporcional: rotao proporcional velocidade de deslocamento do trator (eixo das rodas traseiras).

Velocidade constante: rotao proporcional rotao do motor.

110

rgos de AcoplamentoAs tomadas de potncia possuem rotaes na faixa de 540 a 1.000 rpm.

111

Selecionar a rotao da TDF na alavanca externa.

1000 rpm = Alavanca para frente.540 rpm = Alavanca para trs.

rgos de Acoplamento112

rgos de AcoplamentoSistema de engate de trs pontos: responsvel pela trao e suspenso de implementos e mquinas agrcolas. Est localizado na parte traseira do trator.

Apresenta trs pontos para acoplamento de implementos ao trator: barra esquerda, barra direita e um ponto central, denominado de 3 ponto.

113

rgos de AcoplamentoAs mquinas e implementos que so acopladas dessa maneira ao trator so denominados: montadas ou de engate de trs pontos.

114

3 ponto - seu comprimento poder ser ajustado girando a alavanca, de acordo com o implemento utilizado.rgos de AcoplamentoControle automtico de posio: correlaciona a posio de alavanca de controle com uma altura de trabalho.

Alavanca de posio:

Para frente abaixo os brao do hidrulico;

Para trs levanta os braos do hidrulico.115

rgos de AcoplamentoControle automtico de trao: correlaciona a posio da alavanca de controle com a profundidade de trabalho a qual o trator estar sujeito.

Alavanca de esforo:

Para frente: mais esforo e pouca sensibilidade;

Para trs: aumenta a sensibilidade.116

rgos de Acoplamento117

Interruptor de subida e descida:

Depois de ajustar a sensibilidade e profundidade, utilizar este interruptor para levantar e abaixar o implemento nas manobras ao final do terreno.

A- Interruptor em posio de elevao.

B- Interruptor em posio de descida.

rgos de AcoplamentoSistema hidrulico auxiliar ou controle remoto: so rgos receptores, transformadores e transmissores da potncia do motor atravs de um fluido sob presso aos rgos operadores, representados, principalmente, por cilindros hidrulicos.

O controle est localizado no trator, sendo o leo conduzido atravs de mangueiras, sob presso, at um cilindro hidrulico localizado na mquina ou implemento.

118

Tipos de AcoplamentoOs tipos de acoplamento so classificados em trs: Acoplamento por um ponto (arrasto), Dois pontos e (semi-montado),Trs pontos (montado).119Tipos de AcoplamentoArrasto: o acoplamento por um ponto ou de arrasto, permite que o implemento fique livre para deslocar-se horizontalmente em torno do ponto de engate (barra de trao).

Exemplo: grade, carreta.120Tipos de AcoplamentoSemi-montado: acoplamento ocorre por dois pontos (braos inferiores do sistema hidrulico).

O deslocamento horizontal do implemento restringido, porm o deslocamento vertical livre, sendo feito atravs dos braos inferiores do trator.

A parte traseira do implemento apoiado no solo por rodas ou patins.121Tipos de AcoplamentoMontado: acoplamento por trs pontos (trs pontos do sistema hidrulico).

O deslocamento do implemente restringido tanto na direo vertical como na horizontal, sendo feito atravs dos braos inferiores e o brao central do trator.

O implemento no apoiado no solo.

122ManutenoO trator por ser um instrumento de trabalho, deve ser manejado no sentido de executar uma operao agrcola previamente planejada, por isso, o tratorista deve conhecer a ordem de servio (marca, modelo, potncia, local a ser trabalhado, condies do local) e as especificaes operacionais, como:

123ManutenoRegulagens;Manuteno;Nvel de leo lubrificante (motor, transmisso e sistema hidrulico);Nvel de gua do radiador;Calibragem de pneus;Nvel de combustvel;Ajuste de bitolas;Vistoria geral (aperto de parafusos, porcas e travas dos pinas de engate), antes de trabalhar com o trator no campo.124Mecanizao AgrcolaNormalmente os agricultores preocupam-se com o custo das mquinas e implementos agrcolas, no levando em considerao o custo operacional, ou seja, o dinheiro gasto por rea trabalhada.125Mecanizao Agrcolapoca de realizao das operaes:

Os perodos em que estas operaes devem ser realizadas so estabelecidas em funo das recomendaes agronmicas.

Aps a estimativa da poca ideal deve-se levantar os dias agronomicamente viveis para cada operao, considerando os seguintes fatores:

Domingos e feriados;Probabilidade de dias chuvosos;Probabilidade de imprevistos.126Mecanizao Agrcola127Mecanizao Agrcola128Mecanizao Agrcola129Mecanizao Agrcola130Mecanizao AgrcolaClculo operacional dos conjuntos moto-mecanizados Capacidade de Campo:

a relao entre a rea trabalhada pela unidade de tempo gasta na realizao do mesmo.

131Mecanizao Agrcola132Mecanizao Agrcola133Mecanizao Agrcola134Mecanizao Agrcola135Mecanizao Agrcola136Mecanizao Agrcola137Mecanizao AgrcolaEficincia operacional (%) ou rendimento:

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