Teologia Pentecostal

7/15/2019 Teologia Pentecostal

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Copyright 2005 by Instituto Teolgico Carisma (ITC)Editora Tempo de Avivamento

1 Edio - Julho/2005

Coordenador TeolgicoPr. Marco Feliciano, DD

Edio, Diagramao e CapaCludio Roberto de Oliveira

IlustraesSanrley Guedrien Bueno

Todos os direitos reservados porITC - Instituto Teolgico CarismaCaixa Postal 25 - CEP 14620-000

Orlndia - So Paulo

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Proibida a reproduo por quaisquer meios, salvo permisso expressa doInstituto Teolgico Carisma, por meio de sua diretoria, ou citao mediante indicao da fonte


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Introduo Doutrina Pentecostal

Introduo Bibliologia

Evangelismo, Misso do Crente

Lngua Portuguesa

Instituto Teolgico CarismaUma viso pentecostal do Evangelho


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Sumrio

Apresentao............................................................................................................. 5Introduo Doutrina Pentecostal

Pentecostais, sim! ......................................................................................................... 7Introduo ...................................................................................................................... 8Cap. 1 - O movimento Pentecostal ............................................................................. 10Cap. 2 - O estado original do Homem ........................................................................ 13Cap. 3 - Atos 2 - A origem .......................................................................................... 22Cap. 4 - Evidncia Pentecostal ................................................................................... 26Cap. 5 - Fonte e Rio .................................................................................................... 29Cap. 6 - Funo do poder Pentecostal ....................................................................... 32Cap. 7 - Sombras do Pentecostes no Antigo Testamento ..........................................36

Cap. 8 - Semelhanas o Pentecostes judeu e cristo ................................................. 45Cap. 9 - A Igreja primitiva e as ddivas do Pentecostes ...........................................49Cap. 10 - A necessidade de uma Doutrina Pentecostal .............................................58Cap. 11 - O credo Pentecostal .................................................................................... 62Cap. 12 - Fatos do movimento Pentecostal ................................................................ 63Cap. 13 - A liturgia do culto Pentecostal ...................................................................65Cap. 14 - O servio Pentecostal ................................................................................. 68Cap. 15 - Os dias da Bblia (Apndice) ..................................................................... 71Cap. 16 - Exerccios ..................................................................................................... 76

Introduo BibliologiaIntroduo ................................................................................................................... 79Cap. 1 - A Bblia Sagrada .......................................................................................... 80Cap. 2 - Os Livros Apcrifos ...................................................................................... 85Cap. 3 - A inspirao das Escrituras .........................................................................87Cap. 4 - A necessidade das Escrituras .......................................................................90Cap. 5 - Consideraes sobre a Bblia .......................................................................93Cap. 6 - A Bblia e sua estrutura ............................................................................... 100

Cap. 7 - Exerccios ....................................................................................................... 103Evangelismo, Misso do Crente

Introduo ...................................................................................................................... 106Cap. 1 - Evangelismo, uma necessidade .................................................................... 107Cap. 2 - Modos de evangelizao .............................................................................. 109

Lngua PortuguesaIntroduo ...................................................................................................................... 116

Cap. 1 - Linguagem & Cultura ................................................................................. 118Cap. 2 - Linguagem ...................................................................................................... 120Cap. 3 - Estrutura e formao das palavras ............................................................. 124Cap. 4 - Exerccios ....................................................................................................... 126


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Apresentao

Instituto Teolgico CarismaUma viso pentecostal do Evangelho

O Ministrio Hora de Semear Fogo cumprimenta o caroirmo com a paz do Senhor e d as boas-vindas ao InstitutoTeolgico Carisma (ITC). O Curso Fundamental de Teologia,que agora se inicia, tem como objetivo promover o entendimentosobre o pentecostalismo ao longo das Escrituras Sagradas emostrar o avivamento espiritual como uma das maiores

promessas de Jesus Cristo para sua Igreja.O conhecimento, segundo alguns tericos da educao, uma construo entre quem ensina e quem aprende. No casodeste curso, h uma terceira personagem, certamente a maisimportante: o Esprito Santo. Afinal, Ele que far a ponte entreo professor e o aluno, iluminar e dar capacidade a cada umpara apreender novos conceitos e, por fim, consolidar esseaprendizado, sedimentando no corao e na alma do estudantea uno do Senhor.

Antes de comear a estudar, sempre ore a Deus pedindosabedoria, graa e capacidade para este novo passo no seucrescimento espiritual. Afinal, este curso no surgiu como umnegcio, mas sim como um ministrio que vai abenoar cadaestudante com uma viso diferenciada de poder espiritual.

Disse Jesus: E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dar outro Consolador, para que fique convoscopara sempre. O Esprito de verdade, que o mundo no pode receber, porque no o v nem oconhece; mas vs o conheceis, porque habita convosco, e estar em vs (Joo 14:16-17).Que o Senhor Deus possa iluminar cada um nesta jornada de conhecimento e uno doEsprito Santo que agora se inicia. Bom estudo e fique na paz de Cristo.

Pr. Marco Feliciano, DDMinistrio Hora de Semear Fogo

Pastor Marco Feliciano, D.D.

5Instituto Teolgico Carisma


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Introduo

Doutrina

Pentecostal

Chegando o dia de Pentecostes, todos estavam reunidos nomesmo lugar. De repente veio do cu um som, como de umvento forte e impetuoso que encheu toda a casa onde estavamassentados. E foram visto por eles lnguas repartidas como que de

fogo, que pousaram sobre cada um deles. Todos foram cheios doEsprito Santo e comearam a falar em outras lnguas conforme o

Esprito Santo lhes concedia que falassem (Atos 2:1-4)


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Introduo Doutrina do Pentecostalismo 7Instituto Teolgico Carisma

Pentecostais, sim!Atos dos Apstolos, livro histrico do Novo Testamento, segundo alguns telogos, deveria

se chamar Livro dos Atos do Esprito Santo, pois na verdade todos os seus captulos so

narrativas emocionantes de uma igreja menina, recm-nascida, cujos fundamentos comeama ser construdos, bem como a elaborao de seus dogmas fundamentados por homens querecebiam orientao direta do Esprito Santo. Ao estudarmos a Teologia Pentecostal, veremosa manifestao direta da terceira pessoa da Trindade que, ao iniciar sua obra na Igreja, deforma miraculosa, com sinais e prodgios, j estavam ditando como seria o seu crescimento, oseu catecismo, o seu culto e as suas homilias.

Veremos, no decorrer deste curso, que o nomepentecostes foi tomado emprestado deuma das festas mais belas do povo hebreu, para denominar o que viria a ser um dos maioresmovimentos do cristianismo. Mas, para crescer, fragmentou-se em dezenas de segmentos

(que sero vistos em Eclesiologia, A Doutrina da Igreja), e a palavra variaria para pentecostal,que denomina um grupo de homens e mulheres fervorosos, crentes de que as razes da f quemoveu o mundo antigo, na poca dos apstolos, continua vivo e disposio de todos quequiserem. Cremos, sem dvida alguma, que no dia de Pentecostes deu-se a inaugurao daIgreja como organizao, pois como oganismo ela j existia entre os doze apstolos e odivino mestre Jesus, porquanto as marcas, os sinais e as manifestaes deste dia nunca cessaram.

Trata-se de uma matria polmica, pois divide opinies. Alguns grupos dentro do cristianismochamado evanglico dizem que os dons da glossolalia (falar em outras lnguas, como em Atos2), poder (curas), elocuo (profecias, interpretao de lnguas etc) foram sinais apenas para

aquele tempo. Dizem que foram sinais para os apstolos e os que iniciaram a igreja para quecressem que estavam abalizados por Cristo ao implantarem o Reino de Deus na Terra. Porm,o ITC cr, fervorosamente, que tais sinais e evidncias espirituais so para a Igreja de hoje omesmo que para a pioneira, apostlica: o poder de Deus para capacit-la na implantao doReino, bem como para lutar contra as milcias da maldade que atuam neste mundo tenebroso.

Jesus disse que seus discpulos, em certo momento de sua caminhada, receberiam umpoder que viria do alto (mostrando que no era vindo de homens, da Terra) que os revestiriade coragem, bravura, intrepidez, fervor e uma conscincia fiel de que o seu Senhor continuaria,no meio dos sculos e milnios, sendo o mesmo Eu Sou do passado, pois Nele no hdvidas nem sombra de variao. Entenderemos tambm que o carisma do Esprito, fundamentoda f pentecostal, no a base da salvao, pois esta vem pela graa, pela f. E poderpentecostal, revelado atravs dos dons espirituais, dado para ornar, adornar e revestir aIgreja, no interferindo na salvao das almas.

Enfim, prepare-se para uma aventura e, como diz o pastor Marco Feliciano, D.D, presidentedo ITC, um caminho s de ida, portanto, sem volta Quem experimenta este poder noconsegue abandon-lo jamais!


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8 Introduo Doutrina do Pentecostalismo Instituto Teolgico Carisma

IntroduoCarisma uma palavra

grega traduzida como

dom, e refere-se especifi-camente s manifestaes doEsprito Santo na Igreja. Eisa origem da expresso mo-vimento carismtico, queenfatiza aqueles aspectossobrenaturais dos dons doEsprito Santo, de modo ge-ral ignorados e perdidos pela

Igreja. Notemos a relaoda palavra carisma comoutra caris, que significagraa. Esta relao definea qualidade dos dons: elesso graa de Deus, algo queproduz alegria e gratificao. Portanto, os dons no so merecidos, ganhos ou operados.Fazem parte da graa de Deus para com seu povo. importante acrescentar, ainda, que estesdons so diferentes dos talentos naturais que Deus outorga.

Ns, pentecostais, no negamos que o crente usa os seus dons naturais no desempenhodo servio para o Senhor, portanto afirmamos que os dons do Esprito so sobrenaturais emsua origem, manifestao e resultados. Estas graas tm por finalidade o desempenho daobra de Deus em sua Igreja. So dons que tornam possvel um ministrio por meio do qualpessoas so batizadas e cheias do Esprito Santo (no somente aos ordenados, mas paratodos os que crem).

Pentecostes. Pentecostais. Carismticos. Barulhentos. Estas so palavras que se tornaramsinnimo do movimento que mais cresceu dentro das diversas ramificaes do cristianismo.Polmico, questionvel, mas indubitavelmente forte, expressa um desejo intenso no coraode ardorosos seguidores de Cristo, que baseiam sua f, seus dogmas e sua liturgia numaespcie de reflexo do que foi a fase mais viva, prodigiosa e vigorosa da igreja crist emtodos os tempos: a Igreja Apostlica, cuja lembrana nos reporta aos seus alicerces, desde adescida do Esprito Santo em Jerusalm, data de sua inaugurao, e na seqncia sua codi-ficao na filosofia crist apresentada por Paulo, o ex-perseguidor daqueles que seguiam oCaminho.

Jbilos, cnticos vivos, exploso de adorao a Deus em outras lnguas(haja vista seremlnguas que nunca foram aprendidas em escola, livros ou meios humanos pr-adotados), de-nominadas estranhas, de anjos. Orao forte, busca da cura divina pela f, xtases espiritu-ais (chamados de arrebatamento de sentidos), manifestaes profticas, revelaes extraor-

dinrias daquilo que era tido como oculto, expulso de espritos imundos (exorcismo). Tudoisto e muito mais fazem do pentecostalismo um movimento forte, que tem se espalhado pelomundo como um incndio espiritual incontrolvel, trazendo renovo e f, deixando um rastrode transformao por onde passa.


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Gente leiga, analfabeta, filsofos, doutores em religio, artistas, polticos: pessoas de todosos nveis e classes sociais tm sido alcanadas por esta f e afirmam, sem pestanejar, que opoder de Deus manifestado como nos dias da igreja neotestamentria!

Ns, do Instituto Teolgico Carisma ITC, cremos na salvao pelo sangue de Jesus e naf fundamentada no poder pentecostal, e apresentamos a matria Introduo Teologia Pen-

tecostal como parte do currculo do Curso Fundamental. Nosso intuito aprimorar o conhe-cimento do aluno a respeito desta matria muito comentada, mas to pouco esclarecida.Prepare sua mente para receber informaes importantes, sua alma para tatear de formasensvel este projeto de fortalecimento para a igreja (que o poder pentecostal) e o seuesprito para ser equipado pelas armas espirituais concedidas pelo Senhor no pentecostes,sendo treinado para tornar-se um obreiro pentecostal de valor.



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Captulo 1

O movimento pentecostalNos chamados tempos modernos da igreja, o movimento pen-

tecostal teve incio em 1906, na rua Azusa, 312, em Los Angeles,EUA, atravs da instrumentalidade do pregador W. J. Seymour. Deorigem batista, teve uma experincia memorvel e transcendentalcom o Senhor em Houston, no Texas. O pastor Charles Parhan, quehavia recebido o batismo com o Esprito Santo e falado em lnguasem uma orao solitria, porm piedosa e verdadeira, quando bus-cava um avivamento para o ministrio que o Senhor lhe confiara, fez

uma orao especial recebeu tambm o dom do Esprito Santo efalou em outras lnguas no ano de 1901.Parhan enviou Seymour para estudar em Topeka, Kansas, na

Escola Bblica Betel. Apesar da dificuldade, tendo a pobreza e ofato de ser negro como barreiras (em um pas que at os dias dehoje cultiva o segregacionalismo), enfrentou preconceitos sociais eraciais, mas o pastor venceu! Ao terminar seus estudos, foi convida-do a pregar numa igreja Nazarena em Los Angeles, Califrnia. Quan-do o povo ouviu sua doutrina pentecostal, pediu a Seymour quesasse da igreja. Assim, alugou um templo abandonado da IgrejaMetodista, no centro de Los Angeles (Azusa Street, 312), local ondecairia de novo o Esprito Santo!

Iniciou um trabalho diferente. Seus cultos eram vivos, caris-mticos, com pregaes simples, porm diretas. Mensagens cen-tradas na promessa da efuso do Esprito Santo. Crendo e pregando sobre a cura divina, obatismo com o Esprito Santo e a salvao das almas, mediante a aceitao de Jesus Cristocom Salvador pessoal, inflamou uma gerao. O fervor dos cultos daquela igreja acabouchamando a ateno dos meios de comunicao. Jornais comearam a falar sobre os fen-menos que ocorriam naquelas reunies. A notcia se espalhou e o vento do Esprito soprou

forte, e a nao americana recebeu uma grande chuva de avivamento.Azusa Street, o Jerusalm Americano, foi assim que ficou conhecida! O ano foi

1906. Los Angeles tinha uma populao de 228.298 pessoas. A poca foi de grandesmodificaes sociais. A Amrica estava se transformando de pas agrcola para umpas industrial. Os ventos de incerteza estavam soprando em todos os setores da socie-dade. Todos os historiadores do pentecostalismo so unnimes em dizer que o derrama-mento do Esprito Santo nessa igreja humilde de negros em Azusa Street marcou o inciodos movimentos pentecostais. As reunies continuaram durante trs anos, sem cessar.Todos os dias, pessoas de todas as igrejas e classes sociais superlotavam o barraco.

O Rev. Seymour pregou poucas vezes e passou a maioria do tempo com sua cabeadentro de uma caixinha de sapatos em baixo do plpito para no atrapalhar o que oEsprito Santo estava fazendo.

Rev. Robert MacAlister, em A Experincia Pentecostal, pp.19, 20


Pastor W. J. Seymour:batismo com o Esprito


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Em dois anos, a igreja de Seymourj contava com missionrios que per-corriam diversos pases, chegando apregao pentecostal at o continen-te europeu. Na Sucia, prximo a umSeminrio Teolgico Batista, uma ten-da dos barulhentos (apelido dadosaos pentecostais) fora erguida, e cul-tos comearam a acontecer. Nova-mente a curiosidade do povo faziaafluir centenas de pessoas para aquelareunio de curas e maravilhas. Doispastores batistas, suecos, Gunnar Vin-gren e Daniel Berg, buscam e rece-bem a promessa do Esprito Santo. Partem em uma viagem para os Estados Unidos, onde

fariam uma espcie de mestrado em pentecostalismo.Vingren comeou, ento, a pregar sobre esse assunto nas igrejas batistas de Menomines(Michigan) e South Bend (Indiana). Em South Bend, Vingren encontrou-se com Daniel Berg.Reunidos na casa de Adolfo Uldin, Vingren e Berg resolveram viajar para o Brasil. Aps umaviglia de orao, Deus revelou em viso ao irmo Adolfo Uldin o nome Par, nem sabiamonde ficava, mas ao comando da voz de Deus, era o lugar para onde deveriam se dirigir epregar o Evangelho. Os dois suecos embarcam num navio cargueiro em Nova York em 5 denovembro de 1910, chegando em Belm do Par.

Sem dinheiro algum, os dois estrangeiros ficaram hospedados no poro da Igreja Batista.No ano seguinte, quando um deles havia dominado em parte a lngua portuguesa, num sermo

fervoroso a respeito da promessa do batismo com oEsprito Santo, provocam um escndalo no reba-nho batista, que acaba por expuls-los. Em 6 de ja-neiro do mesmo ano, 1911, uma crente batista brasi-leira chamada Celina de Albuquerque cr, busca erecebe a promessa orando em outras lnguas. Em 13de junho de 1911, a Igreja Batista desligou a maioriados membros que diziam crer no batismo do EspritoSanto. Os desligados passaram a se reunir em uma

casa, onde foi realizado o primeiro culto oficial dasAssemblias de Deus no Brasil.A igreja Pentecostal Congregao Crist no Bra-

sil teve inicio semelhante. Seu fundador, o italiano LouisFrancescon, deixou a igreja catlica para unir-se aospresbiterianos em 1907, em Chicago, EUA. Mas, em1910, foi selado pelo Esprito Santo, segundo elemesmo conta. Resolveu ser missionrio e, juntamen-te com outro italiano, foram para a Argentina. Pou-cos meses mais tarde, seguiram para So Paulo, onde

Francescon foi convidado a pregar na Igreja Presbiteriana. A maioria rejeitou a mensagem, eum dos Ancios ordenou que os dois se retirassem. No entanto, alguns presbiterianos queaceitaram as idias deixaram a igreja com ele e deram inicio Congregao Crist no Brasil,em 1911.

LouisFrancescon(seg. dir.)e Manoelde Mello,fundadoresde igrejasno Brasil


Igreja na Rua Azusa, 312, em Los Angeles, EUA,onde o movimento pentecostal se renovou, em 1906


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Na dcada de 1930, os pentecostais j haviam estabeleci-do igrejas em todos os Estados brasileiros. No incio da d-cada de 50, Harold Williams, um missionrio da Igreja doEvangelho Quadrangular, dirigiu reunies de cura em muitasigrejas pentecostais independentes. Entre elas, a mais impor-

tante foi a igreja Pentecostal O Brasil para Cristo, iniciada porManoel de Melo, na metade da dcada de 50. Hoje, mais de70% de todos os protestantes no Brasil so pentecostais. Del para c, apareceram inmeras denominaes pentecostais,das quais destacam-se pela data da fundao:

1951: Igreja do Evangelho Quadrangular 1955: Igreja o Brasil para Cristo 1962: Igreja Deus Amor, fundada pelo missionrio

Davi MirandaE um novo grupo que surgiu, denominado neopentecos-

tais, constitudo por comunidades evanglicas independentes,entre as quais as mais importantes: 1977: Igreja Universal do Reino de Deus, fundada

pelo Bispo Edir Macedo 1980: Igreja Internacional da Graa, fundada pelo

missionrio R. R. SoaresEstes novos pentecostais (membros das comunidades

evanglicas, Universal do Reino de Deus etc.) comumentetm sido pessoas no integrantes s denominaes pentecos-tais tradicionais. E o neopentecostalismo tem conquistado ter-reno entre os protestantes desde 1953, e entre os catlicosromanos desde 1966. Um grupo catlico romano tambmafirma ter recebido o batismo do Esprito Santo, que assumeo nome de Movimento Carismtico Catlico, com curas, ln-guas estranhas e tudo o mais.

Embora o movimento pentecostal tenha comeadonos EUA no incio do sculo 20, h muito mais pentecos-tais e carismticos na Amrica Latina (141,4 milhes), nasia (134,9 milhes) e na frica (136 milhes), muito mais

do que na Amrica do Norte (79,6 milhes), na Europa(37,6 milhes) e na Oceania (4,26 milhes). Calcula-seque h 523 milhes de pentecostais hoje em dia, o que significa 27,7% de todos oscristos. (Revista Ultimato, dezembro/2000)

Os carismticos criticam vigorosamente o formalismo, o institucionalismo e a liturgia espi-ritual de suas igrejas de origem. Por isso, o neopentecostalismo tem-se apresentado comosoluo para esses problemas, prometendo s igrejas catlicas e protestantes a fonte dereavivamento, a nova Reforma e o derramamento da chuva, assim chamada pelo profetaJoel de Serdia.


Mis. David Miranda, da IgrejaDeus Amor, e irm sua Araci

Missionrio R. R. Soares, quefundou a Igreja da Graa

Bispo Edir Macedo, da IgrejaUniversal do Reino de Deus

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