2 introducao st 2015

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INTRODUÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR Profª Maria Dionísia do Amaral Dias Departamento de Saúde Pública Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP

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INTRODUÇÃO À SAÚDE DO

TRABALHADOR

Profª Maria Dionísia do Amaral Dias

Departamento de Saúde Pública

Faculdade de Medicina de Botucatu

UNESP

ATIVIDADE INTENCIONAL DO HOMEM

PARA MODIFICAR A NATUREZA SEGUNDO

SEUS DESEJOS E NECESSIDADES.

Trabalho

Portanto, os trabalhadores estão

“sujeitos a um adoecimento específico

que exige estratégias

– também específicas – de

promoção, proteção e recuperação da

saúde.”

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SAÚDE DO TRABALHADOR uma área da Saúde Pública:

Objeto: estudo e intervenção das relações entre trabalho e saúde

Objetivos: promoção e proteção da saúde dos trabalhadores

Trabalhadores como Cidadãos que possuem direitos:

sociais: saúde, previdência etc.

à informação sobre riscos e perigos no trabalho

à participação: na concepção do trabalho;nas mudanças condições trabalho; nos processos terapêuticos

Atuação multiprofissional e interdisciplinar

Promoção e Prevenção em saúde

Profissionais e trabalhadores compartilhando o saber

Saúde em termos mais amplos

Trabalhadores como controladores sociais do sistema.

A Abordagem da Saúde do Trabalhador

Condicionantes ou “Causas”: Sociais Econômicos Tecnológicos Organizacionais

“Riscos”: Condições de vida e Cargas de Desgaste e Fatores de Risco

no Trabalho

. Químicos . Físicos

. Biológicos . Mecânicos

. Ergonômicos . Organização do Trabalho

. Etc.

Saúde do Trabalhador

Indícios

Exposição

Indícios

Dano

s

Casos

Cura

Seqüela

Óbito

Suspeitos Assintomáticos

Epidemio

Grupos de

risco

Riscos Exposição

Atuais

Potenciais

Senso comum

Norma jurídica

Expos-

tos Necessid

ades

Interv soc

organizada Ações programáticas de saúde – Oferta organizada

Polit Públic.

transetoriais Vig sanitária

Assistência médico-hospitalar Vig epidemiológica

Diagnóstico

precoce

Limites

Dano

Reabili-

tação

Promoção

da saúde

Proteção

da saúde “Screening”

Controle de

Causas Controle de Danos Controle de Riscos

Consciência sanitária e ecológica / educação em saúde

Vigilância em Saúde (Paim, JS 1999)

A Situação de Saúde dos Trabalhadores no Brasil

Coexistência de múltiplas situações de

trabalho, caracterizadas por diferentes:

• estágios de incorporação tecnológica,

• formas de organização e gestão,

• relações e formas de contrato de trabalho

reflexos sobre o viver, o adoecer

e o morrer dos trabalhadores

Aspectos éticos diferenciados

Médico como mediador de direitos

Intersecções com disciplinas clínicas e outros campos de conhecimento

O Papel do médico na ST

Saúde

Trabalhador

OFTALMOLOGIA

CLÍNICA GERAL

OTORRINO

ORTOPEDIA

NEUROLOGIA

PNEUMOLOGIA

PSIQUIATRIA/PSICOLOGIA

NEFROLOGIA

HEMATOLOGIA

DERMATOLOGIA

GASTROENTEROLOGIA

PEDIATRIA

CARDIOLOGIA

M. INFECCIOSAS

E PARASITÁRIAS

ONCOLOGIA

NEONATOLOGIA

Ergonomia

Engenharia de segurança

Higiene do Trabalho

Proteção / preservação do meio ambiente

Toxicologia Ocupacional

Epidemiologia Ocupacional

Direito

Sociologia

Economia

Psicologia...

Intersecções com outros campos de conhecimento

O trabalho do médico de atendimento não se

restringe a diagnóstico / estabelecimento da

terapêutica / seguimento clínico.

Cabe ao médico de atendimento verificar se existe nexo causal entre a doença e o trabalho do paciente.

O médico de atendimento é mediador de direitos do trabalhador, cabendo-lhe:

informar o trabalhador sobre as relações entre seu trabalho e a doença que apresenta (se for o caso);

preencher os documentos necessários (CAT, notificação epidemiológica, elaborar relatórios etc.)

EXISTE RELAÇÃO ENTRE O QUADRO CLÍNICO E O TRABALHO DO

PACIENTE?

Sintomas e sinais (observação clínica) Exames complementares

Hipóteses diagnósticas

VISITA TÉCNICA: Em algumas situações

ANAMNESE OCUPACIONAL:

Em muitíssimas situações

Evidências epidemiológicas (especificidade, força da associação)

Evidências de exposições (história ocupacional e/ou visita técnica)

- Grau ou intensidade da exposição - Tempo de exposição: é suficiente para produzir a doença - Tempo de latência

Analisar causas não-ocupacionais e ocupacionais

Verificar condições de saúde pregressas do trabalhador

Tipo de relação causal com o trabalho

2. Relações de trabalho

1. Natureza do trabalho

3. Organização do trabalho

4. Conteúdo do trabalho

5. Ambiente social

6. Ambiente físico

Conhecer o trabalho

QUEM FAZ, O QUE, ONDE, COMO, QUANDO?

1. Há relação temporal entre as exposições e

as manifestações clínicas?

2. O paciente melhora com afastamento das

exposições?

3. Há colegas com quadro semelhante?

4. Há antecedentes pessoais e, ou familiares

que podem ter relação com os sintomas e, ou

sinais apresentados?